23.10.01

Estou sentindo que hoje
Meus anos reflorescem.
Vinho! Vinho! Que as chamas
Dele me abrasem... Vinho!

Não importa qual seja...
Pois qualquer um, o melhor,
Parecer-me-á, acredita,
Amargo como a vida.
Rubaiyat 13, de Omar Khayyam, na tradução de Manuel Bandeira. Uma edição muito bonita, aliás: capa dura com ilustração colorida também na contracapa, as páginas impressas em tinta verde e com pequenas ilustrações com motivos árabes.

Mesmo que de vez em quando tente, tenho dificuldade em ler poesia. Leio muito rápido, no mesmo ritmo que leio prosa, e acabo não me detendo no que costuma ser a graça dos poemas. Isso piora com edições traduzidas, nas quais os esquemas do original ou são ignorados ou são forçados a servirem em outra língua.

Por isso gosto das edições bilíngües. Tudo bem que nesse caso não ia adiantar nada, mas ainda assim ia ser legal ter os originais árabes como ilustrações. (RSF)